A maioria dos donos de cães está familiarizada com o entusiasmo de seus filhotes por comida, seja implorando por uma mordida, catando migalhas ou até mastigando grama. Parece que os cães são capazes de comer quase tudo, mas será que eles deveriam?
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Pesquisadores sugerem que, com algumas exceções importantes, os cães têm dietas bastante flexíveis. Na verdade, sua capacidade de comer uma grande variedade de alimentos provavelmente desempenhou um papel importante em tornar os cães os companheiros humanos que são hoje.
No entanto, só porque um alimento não faz mal ao seu cachorro, não significa necessariamente que seja benéfico. Semelhante aos humanos, os cães precisam de dietas nutricionalmente balanceadas.
Então, o que você deve alimentar seu cão para uma saúde ideal? E o que você deve evitar?
Cães e evolução da dieta
Os cães são considerados os primeiros mamíferos domesticados pelos humanos, e suas dietas refletem a separação de seus ancestrais lobos.
Os lobos começaram a viver ao lado das pessoas há 17.000 anos, alimentando-se de restos de comida deixados nos arredores dos assentamentos humanos.
Essa exploração de novas fontes de alimento colocou a domesticação em movimento. Eventualmente, os cães se adaptaram a comer uma variedade maior de alimentos do que seus ancestrais estritamente carnívoros.
Quais alimentos são bons para cães?
Apesar de sua capacidade de comer outros alimentos, as carnes magras, como frango, peru e carne bovina, continuam sendo a base das dietas comerciais para cães hoje.
1. Fontes de proteína
A carne fornece muitas das proteínas e gorduras essenciais para o crescimento e desenvolvimento canino. As gorduras são particularmente importantes para a saúde do cérebro e podem afetar o desempenho cognitivo e o comportamento dos cães.
Aminoácidos derivados de proteínas são blocos de construção para músculos, hormônios e substâncias químicas que enviam mensagens por todo o corpo canino.
O consumo insuficiente ou incompleto de proteínas pode se manifestar em cães com perda de peso, anemia, alterações de humor e outros sintomas preocupantes.
2. Vegetais e frutas
Frutas e vegetais também podem ser uma adição positiva à dieta da maioria dos cães. Alimentos como cenoura, feijão verde, batata-doce e mirtilos fornecem fibras e nutrientes extras sem adicionar muitas calorias extras.
Embora haja alguma evidência de que uma dieta vegetariana ou vegana pode atender a todas as necessidades nutricionais de um cão, ainda não há pesquisas de longo prazo suficientes para justificar a eliminação total da carne da dieta de seu filhote.
3. Adaptação de amido
Amidos, como arroz e batatas, são outro ingrediente comumente encontrado na comida de cachorro. A capacidade de digerir amido, que os lobos não conseguem fazer, surgiu nos primeiros cães durante a revolução agrícola, quando as pessoas começaram a comer mais alimentos ricos em amido.
Uma mutação genética acabou levando ao surgimento do gene AMY2B, que permite que os cães produzam mais das enzimas necessárias para quebrar o amido em energia utilizável.
Não há comprovação científica de que os amidos são ruins para os cães. Quando incluídos como parte de uma dieta balanceada, eles podem ajudar seu filhote a se sentir cheio e energizado, contribuindo para uma boa saúde intestinal.
Cães podem comer comida humana?
Embora os cães possam comer certos alimentos humanos, como os listados acima, suas necessidades nutricionais e tolerâncias alimentares diferem das dos humanos. Inclusive, diversos alimentos comuns para humanos podem ser extremamente tóxicos para os cães, então tome cuidado.
1. Limite os restos de jantar
Alimentar cães exclusivamente com comida humana ou incorporar restos de comida em excesso em sua dieta pode causar deficiências e desequilíbrios em sua ingestão nutricional.
Muitos alimentos em uma dieta ocidental típica são altamente processados e contêm aditivos, conservantes e altos níveis de sal ou açúcar, que podem prejudicar os cães se consumidos em excesso.
2. Cuidado com o sal e a gordura
Alimentos salgados como frios e queijos podem contribuir para problemas renais, entre outras condições. O consumo de alimentos gordurosos ou fritos pode potencialmente desencadear a pancreatite, que é a inflamação do pâncreas e pode levar a complicações graves de saúde.
3. Evite tendências de dietas humanas
Especialistas dizem que também é importante não projetar intolerâncias alimentares humanas em cães. Tendências como dietas “sem grãos”, projetadas para pessoas com doença celíaca e outras condições de saúde, não têm evidências reais de serem benéficas para os cães. Estudos também indicam que ficar sem grãos pode elevar o risco de doenças cardíacas em alguns cães.